Não sinto mais meu coração,
Sentia-o próximo, não sei mais achá-lo,
Não rio com ele e não mais choro,
No máximo me umedecem os olhos.
Estou reduzido a um órgão
Sou todo pele,
Sinto tudo à pele,
Sinto-me ali.
Sensações apavorantes me vêem,
Tremores elétricos, como se à beira
De uma passagem, de um desvio
Uma descarga de mim.
Sei que tenho pele mas não sei quem a tem,
Sonho, temo, e espero ao menos, quiçá
Eu tenha um abismo dentro de mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário